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Há um temor de que as mudanças propostas para a reforma trabalhista elimine empregos. E é acompanhado de um nervosismo ainda maior em relação a interpretação (na minha opinião, equivocada) de que cada trabalhador ira perder os direitos adquiridos ao longo de tanta luta no passado.

É preciso ajustar a lupa para enxergar com clareza o que está por vir no que se refere ao mercado de trabalho.

Nossa CLT foi concebida e promulgada numa época em que nem a máquina de escrever elétrica existia, é fato que suas diretrizes não comportam com o que vivenciamos hoje. Há 20 anos, havia menos de 700 mil robôs industriais em todo o mundo, segundo a International Federation of Robotics; hoje, há 1,8 milhão, e o numero pode chegar a 2,6 milhões até 2019. A produção manufatureira também cresceu, mas o emprego no setor caiu em várias economias avançadas. A tecnologia foi uma das causas dessas mudanças, mas não a única. Já observamos as impressoras 3D, biotecnologia e inteligência artificial vão afetar várias industrias. Tudo isso pode acontecer mais rápido do que esperamos.

Com a internet, você ganha o mundo de concorrente. Especialistas dizem que a tecnologia poderá substituir os seres humanos em todos os setores.
Em uma pesquisa pela PWC com mais de 5 mil pessoas do público em geral, em 22 países, 79% acreditam que a tecnologia provocaraá redução de emprego nos próximos cinco anos.

Não surpreende que as pessoas estejam apreensivas. E a preocupação deveria ser com esse futuro próximo sobre escassez e mudança do trabalho e não sobre perpetuar direitos e deveres da CLT e até algumas regalias trabalhistas que jamais se sustentarão nesse mundo atual.

O objetivo desse artigo não é discutir as pequenas mudanças propostas em nossa CLT atrasada, que sob meu parecer parecem distantes da prática de mercado atual e que tanto travam o crescimento do país. Minha visão é mais simples e não simplista, em que um acordo estabelecido entre empregador e empregado pode flexibilizar e deixar mais interessante o trabalho para aqueles que tem competência e talento. Essa pratica já acontece em países desenvolvidos.

Quero proporcionar uma reflexão importante sobre futuro próximo do mercado de trabalho e checar se você está pronto para essa realidade? Como você encontrará habilidades mais escassas como liderança, criatividade e adaptabilidade, necessárias para sua empresa inovar e construir uma diferenciação no mercado?

A tecnologia também cria empregos e até novas versões de antigos trabalhos. Alguns trabalhos desaparecerão, outros não, mas a natureza deles mudará. Computadores superam os seres humanos em larga escala quando se trata de analisar grandes volumes de dados brutos. Mas eles não tem intuição, empatia e criatividade, características necessárias para dar sentido a esses dados.

Há várias razões para as organizações continuarem precisando de pessoas, afinal a tecnologia não consegue reproduzir atividades complexas e intuitivas. Mais uma vez as habilidades comportamentais farão toda a diferença no mundo corporativo.

No fim das contas, o que as empresas precisam é de talentos e de gente que gera resultado. Você já parou para pensar se o seu trabalho atual ira desaparecer, mudar ou se reinventar? E você acha que a CLT vigente vai garantir sua vaga de trabalho? Jamais! Esta na hora de começar a expandir seus horizontes e desapegar de antigos pensamentos sobre o trabalho de ontem.

É difícil encontrar profissionais criativos, inovadores e com inteligência emocional. Que tal começar a focar a desenvolver tais competências? As habilidades comportamentais desse futuro próximo do trabalho você não compra em nenhum lugar, não pode herdar e ninguém pode doar tais competências à você: saiba que terá que desenvolve-las.

Na era da revolução tecnológica, os talentosos nas competências comportamentais, como sempre, triunfarão. E ai? Vamos nessa?

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